segunda-feira, 10 de maio de 2010

UMA UNIVERSIDADE DO AMPLO SABER E DA MULTIPLICIDADE DE SABERES PARA O MUNDO EMERGENTE DO SECULO 21

Fui convidado pelo Instituto Cultural Steve Biko - pelo qual sinto particular carinho e consideração - a expressar meu pensamento sobre seu projeto de se transformar numa instituição de ensino superior. Como toda e qualquer iniciativa educacional, essa também não se exime de uma crítica efetiva. Por isso expresso, com total liberdade, meu pensamento sobre projetos centrados na criação de instituições de ensino superior etnicamente determinadas. Incumbo-me dessa missão com a autonomia de um intelectual não afiliado a qualquer movimento ou partido político, não alinhado com ideologia ou religião alguma, nem membro de instituição privada ou pública de nenhuma espécie; e, sim, como investigador preocupado puramente com a busca de verdades sociais que, no meu entendimento, só podem surgir através do exercício do pensamento crítico. Mas também irei me expressar como militante de opção pan-africanista, zeloso pela maior congruência entre essas verdades sociais e os objetivos propriamente políticos que parecem ansiar as comunidades afro-descendentes diaspóricas. O primeiro passo nesse sentido é a análise fria, rigorosa e não complacente das realidades tais quais elas se apresentam a mim.

Não adianta nos deixar arrastar pelo entusiasmo, sem medir as verdadeiras implicações que semelhantes projetos acarretam, e da dificuldade inerente a um casamento democrático e sincero entre os interesses e características que correspondem aos de uma empresa privada – porque se trata de uma empresa privada – e os interesses e exigências implícitas em tudo o que diz respeito ao domínio público e ao bem comum. Existe uma linha demarcatória bem definida entre esses dois domínios que faz com que o projetado “casamento” entre dois setores cujos interesses fundamentais divergem tanto seja problematizado. Penso, finalmente, que as considerações de infra-estrutura, financiamento e organização curricular podem, em última instância, ser pormenorizadas como puras questões práticas na realização dos mesmos.


Carlos MOORE WEDDERBURN



O Artigo completo está disponível em:


http://www.4shared.com/document/Ddc1BFYY/Carlos_Moore_-_Universidade_do.html





 

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